Jardim do Éden é uma instalação imersiva que convida o espectador a caminhar. Através do fluxo luminoso e dos motores síncronos, as flores artificiais dispostas em forma de labirinto produzem um efeito cinético semelhante ao produzido pela fibra ótica. Ao mesmo tempo perceciona-se uma suave trilha sonora - que alude ao canto de dezenas de pequenos insetos - produzida pelo som mecânico das respetivas máquinas em funcionamento.
O percurso neste paraíso onírico expõe a artificialidade da natureza através de uma inusitada experiência ótica, unicamente possível devido à exigência da sua apresentação num espaço interior privado de luz natural. Joana Vasconcelos concebe um surpreendente simulacro que reporta invariavelmente para o questionamento, a sabotagem e a apropriação de uma narrativa ancestral.
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