Joana Vasconcelos inaugurou a exposição 'Jardim do Éden' que integra a programação do Congresso Internacional "Tempos do Barroco: Cenários da Mesa". A obra, Jardim do Éden, que já passou pela Bienal de Veneza, Museu da Eletricidade, MAC/CCB, Palácio Nacional da Ajuda e recentemente pelo MICAS, em Malta, onde Joana Vasconcelos inaugurou a programação do museu. Jardim do Éden é uma instalação imersiva que convida o espectador a caminhar. Através do fluxo luminoso e dos motores síncronos, as flores artificiais dispostas em forma de labirinto produzem um efeito cinético semelhante ao produzido pela fibra ótica. Ao mesmo tempo perceciona-se uma suave trilha sonora - que alude ao canto de dezenas de pequenos insetos - produzida pelo som mecânico das respetivas máquinas em funcionamento. O percurso neste paraíso onírico expõe a artificialidade da natureza através de uma inusitada experiência ótica, unicamente possível devido à exigência da sua apresentação num espaço interior privado de luz natural. Joana Vasconcelos concebe um surpreendente simulacro que reporta invariavelmente para o questionamento, a sabotagem e a apropriação de uma narrativa ancestral.
No Congresso 'Tempos do Barroco: Cenários da Mesa' pretende-se refletir sobre o lugar da Mesa na vivência quotidiana e festiva dos séculos XVII e XVIII e debater as formas de projeção das linhas de pensamento do barroco na contemporaneidade. O congresso integrará um programa de música barroca e de visitas pela região do Vale do Côa, local arqueológico, classificado pela Unesco em 1998 como património da Humanidade. Mais informação aqui.