A partir de uma reflexão sobre a tradição do casamento, bem como a sua associação a conceitos como a virgindade e a intimidade da mulher, Joana Vasconcelos criou A Noiva. O formato é o de um convencional lustre de saco cujos pendentes de cristal foram substituídos por aproximadamente 14.000 tampões OB gentilmente cedidos pela Johnson & Johnson. Obra selecionada em 2005 para a sala inicial da primeira exposição curada por mulheres da história da Bienal de Veneza, chamou a atenção da comunidade internacional para a artista portuguesa, que durante muito tempo continuou a ser conhecida como a "artista dos tampões". A peça integra a Coleção António Cachola e pode ser vista no Museu de Arte Contemporânea de Elvas quando não está a correr mundo, já tendo passado por Bilbau, Paris, Roterdão, Budapeste, Istambul ou São Paulo. Tida como uma obra polémica - A Noiva foi censurada em algumas instituições, como o Palácio de Versalhes - continua a ser a pièce de résistance de Joana Vasconcelos.
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