Aludindo ao papel dos artistas na sociedade, Joana Vasconcelos acaba por criar um jogo de ocultação. Servindo-se de 255 molduras barrocas em bronze (desenhadas e decoradas pela artista) e de 510 espelhos sobrepostos como se de escamas se tratasse, constrói uma surpreendente máscara veneziana. Através de uma peça escultórica que se adapta tanto ao espaço exterior como interior, estabelece um diálogo com a envolvência. Já o público que pretender encontrar a sua imagem devolvida, é convidado a descobrir que “só há reflexão quando há paralelismo” como explica a artista plástica. Retirado da música homónima, composta por Lou Reed e interpretada pelos Velvet Underground e pela cantora Nico, o título também serviu de tema à mostra individual no Guggenheim de Bilbau.
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