CORAÇÃO INDEPENDENTE PRETO

Coração Independente Preto apresenta-se sob a forma de um enorme coração de Viana, peça icónica da filigrana portuguesa, pacientemente preenchido com talheres de plástico pretos. Suspensa a partir do eixo, a obra executa um movimento rotativo circular, evocativo dos ciclos da vida e do eterno retorno, acompanhado pelo som de três expressivos fados, Estranha Forma de Vida, Gaivota e Maldição, interpretados por Amália Rodrigues, diva da música portuguesa da segunda metade do século XX. O título da peça é precisamente retirado de um dos versos do primeiro fado, da autoria de Alfredo Duarte (Marceneiro) e Amália Rodrigues, cuja lírica evoca o conflito entre emoção e razão. Ao multiplicar o uso de vulgares talheres de plástico até à abstração da sua forma original, para os converter numa obra de arte inspirada numa valiosa peça de filigrana, os referentes inicias surgem transfigurados por novos esquemas sociais e artísticos sugeridos, expondo, assim, a artificialidade das fronteiras traçadas entre luxo e banalidade. Coração Independente Preto apresenta-se como uma poderosa e emotiva instalação sonora e cinética dedicada ao amor, um dos temas recorrentes nas líricas do fado.

CORAÇÃO INDEPENDENTE PRETOCORAÇÃO INDEPENDENTE PRETO
© Luís Vasconcelos
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© Luís Vasconcelos
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© Luís Vasconcelos
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© Luís Vasconcelos
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© Luís Vasconcelos
Detalhes da Obra
DATA DE PRODUÇÃO
2006
MATERIAIS
Talheres de plástico opaco, ferro pintado, corrente metálica, motor, fonte de alimentação, instalação sonora
INSTALAÇÃO SONORA
Canções interpretadas por Amália Rodrigues: Estranha Forma de Vida (Alfredo Rodrigo Duarte/Amália Rodrigues), Maldição (Joaquim Campos da Silva/Armando Vieira Pinto), Gaivota (Alain Oulman/Alexandre O'Neill).

Autorização de IPLAY - Som e Imagem/(P) Valentim de Carvalho.
DIMENSÕES
382 x 222 x 70 cm
COLEÇÃO
MUSAC - Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León
Obra exibida em
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