Floresta Encantada: exposição imersiva de Joana Vasconcelos para a Swire Properties composta por duas obras de arte, em exibição no ArtisTree e no Two Taikoo Place no distrito de Quarry Bay, em Hong Kong, de 22 de março a 28 de abril, associando-se à ArtBasel Hong Kong.
Caleidoscópio do Espaço Infinito
Floresta Encantada, obra de arte site-specific específica concebida para a ArtisTree, uma instalação sob fundo negro, formas esculturais iluminadas por luzes LED, criando um cenário para uma floresta etérea que transcende as noções de tempo e espaço. Elaborada manualmente pela equipa de artesãos do atelier da artista plástica, que dedicou cerca de seis meses à sua conclusão, este caleidoscópio de maravilhas mágicas em grande escala gera a perceção de um espaço infinito, sem barreiras físicas, onde arte e visitantes interagem na perfeição. Vasconcelos inspirou-se na sua passagem por Hong Kong, imaginando as infraestruturas urbanas da cidade como uma magnífica floresta de árvores de betão contemporâneas que ganham vida à noite, quando a escuridão cai e inúmeras luzes iluminam os arredores. A partir de tecidos da casa francesa Dior, e empregando técnicas habitualmente ligadas ao domínio feminino da domesticidade, como a costura, o tricô e o croché, a Floresta Encantada insere-se no vasto espectro do trabalho da artista plástica que atualiza o conceito de artes e ofícios para o século XXI.
Mito da Comuna: Valquíria Seondeok
Uma deslumbrante escultura têxtil digna de museu da longa série Valquírias de Joana Vasconcelos domina o lobby do Two Taikoo Place, oferecendo uma nova perspetiva sobre a ligação do bem-estar das pessoas e do ambiente. Inspirada nas mulheres que contribuíram para mudar o mundo, esta imponente escultura têxtil presta homenagem a Seondeok, a segunda mulher soberana registrada na história do Leste Asiático e a primeira rainha reinante de Silla, um dos Três Reinos da Coreia, de 632 a 647. Aos olhos desta inspiradora Rainha Asiática, a instalação têxtil não só preenche o espaço físico, mas também irradia energia positiva, convidando ao diálogo sobre questões contemporâneas do feminismo, identidade pessoal e social. A sua gigantesca estrutura amorfa assemelha-se a um organismo vivo, animado pelas interações entre instalação e público, bem como pelas ligações forjadas entre indivíduos que partilham uma experiência transformadora na sua presença. Elaborada a partir de tecidos Dior, esta instalação apela à contemplação e à interação entre arte, pessoas e lugar.